A menos de uma semana de se assinalar um ano sobre a libertação do Egipto do regime autoritário de Mubarak, voltam os protestos violentos a este país. Após a tragédia ocorrida em Port Said, num jogo de futebol, com motivações claramente políticas, milhares de manifestantes, em diversas cidades egípcias protestam contra o actual governo de junta militar, nomeadamente, contra a inércia das autoridades perante os tumultos na última quarta-feira, dos quais resultaram 74 mortos. Dos confrontos entre os manifestantes e a polícia registam-se mais quatro.
Sou totalmente a favor da auto-determinação dos povos e totalmente contra a usurpação de poder.
Ao povo egípcio, desejo que tenham audácia e força para continuar a lutar pela sua liberdade. E que o actual governo, tão legitimado quanto Mubarak, se conforme com a vontade do povo e abra mão do poder. Reza a história que governos militares não duram muito. E manifestantes impacientes também não.
Roma e Pavia não se fizeram num dia.
(se calhar os egípcios têm somente um problema com o mês de Fevereiro)
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